A iniciativa é amparada por lei que autoriza distribuição de alimentos escolares em períodos de emergência
Kits estão sendo feitos e distribuídos pelos gestores das próprias escolas de cada região (Imagem: assessoria de imprensa)
Os poucos quilos de alimentos que sobraram nos depósitos das escolas de Banabuiú estão sendo distribuídos a famílias em situação de vulnerabilidade. A iniciativa foi tomada pela secretária de educação, Imaculada Conceição Silveira, em consonância com o prefeito Edinho Nobre para evitar que os alimentos ficassem estragados.
A iniciativa é amparada pela lei 13.987 de 7 de abril de 2020, que prevê "Durante o período de suspensão das aulas nas escolas públiocas de educação básica em razão de situação de emrgência ou calamidade pública", a distribuição de alimentos. A Secretaria também garante que está regindo a ação com base em uma série de recomendações expedidas pela União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).
De acordo com Imaculada Silveira a organização da distribuição é feita pelos diretores e gestores nas regiões onde ficam cada uma das 14 escolas de Banabuiú. "Eles conhecem melhor o território onde a escola que eles trabalham está, então, é mais fácil e mais justo ele saber qual família precisa mais daquele alimento", diz Imaculada. A dinâmica é a mesma nas escolas da sede. Para auxiliar o processo de definição da distribuição, as escolas receberam informações do Cadastro Único das famílias em situação de vulnerabilidade de cada área.
Essa ação vem acontecendo em vários municípios do Ceará e ganhando notoriedade pela vasta quantidade de alimentos que é dada aos mais pobres. Imaculada pontua que a situação no Município é diferente e por isso não pode ser comparada com o impacto de ações que ocorrem em grandes cidades, como Sobral e até mesmo Fortaleza. "Aqui nós compramos a merenda em pouca quantidade, justamente para não estragar, por isso não temos tantos alimentos sobrando", esclarece.
Por conta disso, a secretária de educação esclarece que os kits serão poucos. Em geral, eles possuem arroz, sal, açucar, óleo, macarrão, farrinha de milho, biscoito, achocolatado em pó, farinha láctea, au e tempeto completo. Os tipos de alimentos e a quantidade de cada um deles nos kits, pode ser diferente porque depende do que ainda restava em cada uma das escolas.
"É preciso lembrar que esses kits são do que sobrou nos depósitos das escolas, porque o que tinha no depósito daqui, nós já doamos para o hospital no início dessa pandemia, quando paralisamos as aulas, e a quantidade que sobra em casa escola varia. Eu tenho casos de unidades que tinham apenas cuscuz, por exemplo. Arroz, farinha, eles já tinham usado tudo quando as aulas estavam ainda acontecendo", esclarece a secretária.
As aulas de Banabuiú ainda estão suspensas para evitar aglomerações dentro das salas, como medida para combater o coronavírus. O Município aguarda uma definição de órgãos reguladores da educação e do próprio Ministério da Educação, para decidir o que fazer. Até o momento férias não foram decretadas.