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14-JUL-2020

Mesmo com pandemia, cuidados com a dengue devem ser mantidos

Nos três primeiros ciclos do ano, de janeiro até junho, Banabuiú já registrou 42 casos notificados de Dengue. Deste total, 9 foram confirmados.

Por José Avelino Neto 14/07/2020 #combate ao coronavírus

Os cuidados com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como Dengue e Chikungunia, devem permanecer mesmo durante o período de quarentena, provocado pelo coronavírus. O alerta é do núcleo de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Banabuiú. Do início do ano até agora, os casos das duas doenças já são maiores do que o mesmo período do ano passado.

Conforme o balando do Núcleo, nos três primeiros ciclos do ano, de janeiro até junho, Banabuiú já registrou 42 casos notificados de Dengue. Deste total, 9 foram confirmados. O número de notificações por chikungunya foram menores, apenas sete, sendo dois confirmados e os casos restantes foram descartados.

A permanência de chuvas por um período maior do que o habitual favoreceu as chances de infestação do mosquito, e resultou num aumento de casos em comparação com os seis primeiros meses de 2019. A sede de Banabuiú concentra a maioria dos casos confirmados de dengue: são seis moradores que tiveram a dengue diagnosticada, enquanto outros três foram do sertão.

"Hoje nosso índice geral de infestação está em 0,82%. O Ministério da Saúde preconiza que abaixo de 1% é considerado satisfatório, ou seja, estamos dentro da margem, mas na prática temos um cenário que nos preocupa, porque com o período de chuvas mais estendido, os casos foram maiores", analisa Vargner de Oliveira, da célula de endemias.

Esse reflexo, explica ele, é percebido também nas comunidades e distritos, onde a Secretaria de Saúde de Banabuiú contabilizou índices maiores do que o da própria cidade. "Pedras Branca, por exemplo, apresenta atualmente um índice de infestação de 1,88%", diz ele. Bairros da cidade com históricos problemas no enfrentamento à dengue e chikungunya, também estão dentro deste cenário. Brasília e Alto Alegre tiveram os índices acima de 1%.

Não bastasse uma maior periodicidade das chuvas para o favorecimento da proliferação de casos, Vargner de Oliveira também explica que este ano, por causa da pandemia, o trabalho dos agentes de endemias necessita ainda mais da ajuda da população. "Para evitar serem contaminados ou mesmo passarem o vírus aos moradores caso estejam assintomáticos, a maioria da nossa abordagem hoje é educativa, nós não estamos entrando nas casas em todas as visitas, por isso precisamos ainda mais do auxílio da população".

Como se prevenir

O Aedes Aegypti é um mosquito doméstico. Ele tem, em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados. Algumas medias simples podem ajudar a prevenir a presença do Aedes, como:

- Tampar os tonéis e caixa d'água

- Manter as calhas sempre limpas

- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo

- Manter lixeiras bem tampadas

- Deixar ralos limpos e com aplicação de tela.

- Limpar semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia

- Limpar com escova ou bucha os potes de água para animais

- Retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa

Os principais sintomas da dengue são:

- Febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias

- Dores musculares intensas

- Dor ao movimentar os olhos

- Mal-estar

- Falta de apetite

- Dor de cabeça

- Manchas vermelhas no corpo

- Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

 

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