Nos três primeiros ciclos do ano, de janeiro até junho, Banabuiú já registrou 42 casos notificados de Dengue. Deste total, 9 foram confirmados.
Os cuidados com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como Dengue e Chikungunia, devem permanecer mesmo durante o período de quarentena, provocado pelo coronavírus. O alerta é do núcleo de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Banabuiú. Do início do ano até agora, os casos das duas doenças já são maiores do que o mesmo período do ano passado.
Conforme o balando do Núcleo, nos três primeiros ciclos do ano, de janeiro até junho, Banabuiú já registrou 42 casos notificados de Dengue. Deste total, 9 foram confirmados. O número de notificações por chikungunya foram menores, apenas sete, sendo dois confirmados e os casos restantes foram descartados.
A permanência de chuvas por um período maior do que o habitual favoreceu as chances de infestação do mosquito, e resultou num aumento de casos em comparação com os seis primeiros meses de 2019. A sede de Banabuiú concentra a maioria dos casos confirmados de dengue: são seis moradores que tiveram a dengue diagnosticada, enquanto outros três foram do sertão.
"Hoje nosso índice geral de infestação está em 0,82%. O Ministério da Saúde preconiza que abaixo de 1% é considerado satisfatório, ou seja, estamos dentro da margem, mas na prática temos um cenário que nos preocupa, porque com o período de chuvas mais estendido, os casos foram maiores", analisa Vargner de Oliveira, da célula de endemias.
Esse reflexo, explica ele, é percebido também nas comunidades e distritos, onde a Secretaria de Saúde de Banabuiú contabilizou índices maiores do que o da própria cidade. "Pedras Branca, por exemplo, apresenta atualmente um índice de infestação de 1,88%", diz ele. Bairros da cidade com históricos problemas no enfrentamento à dengue e chikungunya, também estão dentro deste cenário. Brasília e Alto Alegre tiveram os índices acima de 1%.
Não bastasse uma maior periodicidade das chuvas para o favorecimento da proliferação de casos, Vargner de Oliveira também explica que este ano, por causa da pandemia, o trabalho dos agentes de endemias necessita ainda mais da ajuda da população. "Para evitar serem contaminados ou mesmo passarem o vírus aos moradores caso estejam assintomáticos, a maioria da nossa abordagem hoje é educativa, nós não estamos entrando nas casas em todas as visitas, por isso precisamos ainda mais do auxílio da população".
Como se prevenir
O Aedes Aegypti é um mosquito doméstico. Ele tem, em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados. Algumas medias simples podem ajudar a prevenir a presença do Aedes, como:
- Tampar os tonéis e caixa d'água
- Manter as calhas sempre limpas
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo
- Manter lixeiras bem tampadas
- Deixar ralos limpos e com aplicação de tela.
- Limpar semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia
- Limpar com escova ou bucha os potes de água para animais
- Retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa
Os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias
- Dores musculares intensas
- Dor ao movimentar os olhos
- Mal-estar
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo
- Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.