Há 21 anos o coletivo constrói seu nome no teatro cearense e resiste ao tempo e as dificuldades.
A arte do teatro é a principal atração cultural do município de Banabuiú. O Coletivo Cotinha de Teatro criado no ano 2000, comemorou no ano passado 20 anos de ações ininterruptas com as artes cênicas. Conhecido em toda região, o coletivo construiu seu nome no teatro cearense e ultrapassou as adversidades do que é construir arte no sertão central cearense. O grupo resiste ao tempo e as dificuldades. Foi o Cotinha quem firmou o teatro em Banabuiú.
Impor o respeito por um tipo de manifestação cultural até então nunca vista, foi difícil. Mas hoje, para o teatrólogo, a missão é conduzida com mais leveza. "Já foi muito mais difícil. Hoje a gente tem um respeito danado e não encontramos nenhuma outra plateia como a que a gente encontra aqui", diz. O coletivo vem se aperfeiçoado ao longo do tempo. Já realizou treze espetáculos, sendo nove escritos por Simão Cavalcante. O diretor já participou de cursos e oficinas que ajudaram a construir e fortalecer o trabalho da equipe.
Para além do amadurecimento que o tempo e as novidades trazem, o grupo está, também, mais bem equipado. Possui um ateliê próprio, com dezenas de figurinos, artigos e peças de cenário. Hoje, eles rodam todo o Estado com as peças que encenam, desbravando o Sertão com a missão de levar a arte. No ano em que comemorou os 20 anos de trajetória o grupo iniciou seu sinhô mais ousado - a construção do teatro físico, o primeiro do teatro do município de Banabuiú e também o primeiro teatro a ser construído por um grupo de teatro do Estado do Ceará.
O equipamento levará o nome da mãe do diretor, Maria Clotilde Cavalcante e será chamado, artisticamente, de Teatro Clô Cavalcante, a primeira figurinista do coletivo. As obras de construção encontram-se em pleno vapor e conta com o apoio do Governo Municipal de Banabuiú, comércio local e sociedade civil, os amigos da arte.